A investigação forense desempenha um papel crucial na resolução de crimes, combinando ciência e tecnologia para desvendar o que, à primeira vista, pode parecer invisível.
Esse processo envolve uma série de etapas estruturadas que ajudam a garantir que as provas coletadas sejam admissíveis e possam ser usadas para determinar a verdade dos fatos.
A seguir, vamos explorar as principais etapas desse tipo de investigação.
Coleta de evidências no local do crime
A primeira etapa em uma investigação forense é a coleta de evidências no local do crime.
Os peritos forenses são responsáveis por isolar a área e garantir que nenhuma prova seja contaminada ou perdida.
Fotografias, impressões digitais, amostras biológicas e outros materiais são cuidadosamente documentados e preservados.
A precisão na coleta é essencial, pois até mesmo a menor evidência pode fornecer informações valiosas sobre a autoria do crime.
Análise de provas no laboratório
Depois de coletadas, as evidências são enviadas para análise em laboratórios forenses.
Esse processo pode envolver testes de DNA, análise de substâncias químicas, balística, entre outros.
É nesta fase que a investigação forense e perícia criminal se entrelaçam, permitindo que os especialistas elaborem laudos que podem ligar suspeitos ao crime ou descartá-los.
A precisão nos exames é vital para que os resultados sejam confiáveis e possam ser usados no processo judicial.
Reconstrução dos eventos
Com base nas provas coletadas e analisadas, os investigadores tentam reconstruir os eventos que ocorreram.
Essa etapa envolve deduzir a sequência de acontecimentos e as ações dos envolvidos no crime.
A reconstrução pode ser feita usando simulações, cálculos de trajetória de projéteis ou outros métodos científicos, permitindo entender o que de fato aconteceu antes, durante e depois da ocorrência.
Identificação de suspeitos
A identificação de suspeitos é uma das etapas mais críticas de uma investigação forense.
Através de provas como impressões digitais, DNA, testemunhos e a análise de padrões comportamentais, os investigadores procuram estabelecer a conexão entre as evidências e os possíveis envolvidos.
Essa fase pode ser complexa, especialmente quando há múltiplos suspeitos ou quando as provas são insuficientes para incriminar alguém.
Laudo pericial e apresentação no tribunal
Após a análise e identificação, os peritos preparam um laudo detalhado que resume todas as descobertas da investigação.
Esse documento é apresentado no tribunal e é usado como prova durante o julgamento.
Os peritos também podem ser chamados para depor, explicando os procedimentos utilizados e as conclusões alcançadas.
O laudo pericial deve ser claro, objetivo e respaldado por dados científicos, para que possa ser compreendido tanto pelos advogados quanto pelos jurados.